quinta-feira, 25 de outubro de 2018

Até o ultimo segundo


até o ultimo segundo
até o ultimo desejo
até o último suspiro
até o último ensejo
fixar um ponto de destino

assim faz o homem quando menino
que caminha firme, forte e sozinho
em mente um poema, um carinho
amadurecem seus planos em segredo

esconde de tudo seu medo
e brinca com toda coragem
no peito uma bela imagem
de quem será no futuro

em frente a todos os muros
as brechas lhe trazem caminhos
fazendo de coivaras, ninhos
findando uma bela mensagem



Aquino

terça-feira, 23 de outubro de 2018

Passou o tempo e não viu


passou o tempo e não viu
perdeu a linha e a escrita
que de maneira restrita
deixou-se perder a espera

quem disse que foi, era
e viu o desejo embarcar
viajem de ida, sem o voltar
chorou seu passado em atraso

afogam-se as magoas em meio ao raso
e segue em frente nas veredas que restaram
a aqueles que um pouco acreditaram
um sorriso tímido se mantém

feliz daquele que o dia tem
e que nem ferro e fogo desanima
foi-se e segue o plano
ser feliz é minha sina




Aquino

Se foram as forças


se foram as forças
perdeu-se o sentido
cada canto vazio
um pedaço do peito ferido
findou-se um ciclo
e com ele lembranças
feitas de pura esperança
daquelas que moviam um mundo

sobraram em poucos segundos
um vazio que se instalou
uma lagrima que no canto findou
escorria levando a alegria de outrora

nem mesmo o passar de hora
trará de volta o que vivi
deixou para trás quem te amou
e levou embora tudo que senti


Aquino

quinta-feira, 18 de outubro de 2018

Bem dito

bem dito
escrito e falado
sentido, ouvido
afamado
e uma rima em que marca o poema

um beijo, um desejo
um dilema
e uma explicação bem plausível

um nivelar em desnível
um precisar sem ser preciso
um embaralhar que nós entrega

um moldar fora de regra
uma paixão sem controle
estrela de muitas pontas
em meio a flores
que consomem nossos desejos em segredo

do abraço, do afago, ao beijo
indefinidamente se prostram os caminhos
veredas que levam ao ninho
para se entregar sem ter medo


Aquino

Só serve se sorrir


Só serve se sorrir
Se chorar, se sentir
Se perder os sentidos ao agir
E guardar tudo em lembrança

Navegar em esperança
Mergulhar em um universo de saudade
Das dores, dos risos e verdades
Lições que os corpo guarda

Do peito que vez outra, amarga
Explode em desejos eternos
Beijos e abraços sinceros
Esforço que o tempo apaga


Aquino

Quebramos a casa


quebramos a casa
quebramos tudo que nos tira o riso
limpamos a mente
perdemos o juízo
e a noite fica pequena

saem os coadjuvantes
entramos em cena
e o coração muda de batida
feito fera louca e ferida
impõe suas garras em meu peito
de frente, de formas, de todo jeito
possuir aquilo que sempre quis

sejamos livres, pra que juiz
a vontade é o limite do prazer
e se assim tiver, que venha a ser
destino é o que menos importa

um toque ou dois, abrir a porta
cheguei e não quero sair
venho dominar seu mundo
feche a porta e comece a sorrir




Aquino


Os olhos da cor do pecado


os olhos da cor do pecado
de mente fervendo
corpo calado
as ideias vão a mil

centrado, sereno, gentil
tenho todas as ferramentas
coisas que minha cabeça inventa
pra bagunçar essa muralha

em pedra, em aço, feito navalha
as rimas transpassam fronteiras
em meio a delírios e besteiras
o sorriso é somente o destino

sem olhar para trás, feito menino
a tarefa importa mais que o sentido
feliz contente e decidido 
é hora de ser feliz


Aquino

E eu fico de olho


E eu fico de olho
Fico de molho
Me entrego em espera

O peito acelera
Em desencontro arredio
Largado a meio fio
Vagam os pensamentos

Desbravam tormentos
E trazem sorrisos marcantes
Lembram aos navegantes
Do quão bom foi outrora

Trás pra mim sem demora
Os desejos que tínhamos antes





Aquino

Me olha sem medo


Me olha sem medo
Consome em segredo
Vê tudo que faço

Desfaz feito um laço
Em um eterno cansaço
Abranda o melhor sentimento

Cada qual em seu momento
Os destinos se confundem
Os braços se perdem
Os olhares não fundem

E da união sobra somente o desejo
A saudade e o ensejo
Que outrora foi falado







Aquino

Quero cozinhar pra você


quero cozinhar pra você
quero me cozinhar em você
temperar o seu corpo
te beijar todo louco
sentir todo o prazer

viajar em teus braços
jamais desatar os laços
dominar o teu ser

feito o primeiro sol que manda embora o frio
feito dois caninos no cio
que esquecem todo seu redor

que no mundo acham algo melhor
e cultivam todo sentimento puro
que pulam de cabeça do muro
mergulhando nas incertezas de um coração bom

que curtem a mesma música sem saber do tom
o importante é o que se sente
um beijo bom, um amor louco, um corpo em desejo
e um desejo indecente


Aquino

Nem me ama


nem me ama
nem me quer
nem me vê
nem morre

nem me socorre
quando o assunto é você
nem sai correndo
quando estou querendo te vê
mas sei que o peito bate

se não bater, morra de enfarte
e leve contigo todos meus bons sentimentos
ali se encerrará um ciclo
um momento
Que outrora foi o mais bonito

na lápide, feita em granito
aqui jaz a morena da cor de canela
belo era quem acompanhou ela
que viveu seu amor intenso

em um nível de querer imenso
passeou por essas curvas
saboreando morangos, uvas
desfrutou seu desejo de menino

dos prazeres ao ensino
momentos os descreveram
e assim padeceram
em meio a juras de amor




Aquino

Faço tudo que me é ao alcance


faço tudo que me é ao alcance
quero que sinta, pense
dance
faça o corpo ferver em brasa

livre e leve, levante asa
eu paire sobre esses delírios
eu meio a suor, fervor
e cala frios
desfrute do bem que o corpo oferece

da forma que o homem aquece
nenhum ser se compara
o pensamento, o cheiro
a alma
da baile no demais ser

compare esse lindo prazer
ao indescritível sonho dos deuses
que se repita por vezes
do amanhã ao anoitecer






Aquino