segunda-feira, 28 de setembro de 2015

Sigo cada curva


sigo cada curva
como outrora apreciara
feito chuva de verão
feito cena rara

os detalhes são bem vistos
e a visão se enche de alegria
faz o dia virar noite
e a noite adentrar o dia

e me acordo em busca do que sou
de quem fui e do que quero ser
me perder em teus braços
sem o amanhã querer saber

e mesmo que se vá
vai deixar um pedaço do beijo
das vontades, pensamentos
e de um eterno desejo



Aquino

Morde minha orelha


morde minha orelha 
e me domina
trás a ferro e fogo
teu olhar, teu calor de menina
e deixa o tempo passar como quiser

cara de anjo, corpo de mulher
exala o cheiro mais precioso
tens do sabor o melhor gosto
e sabe usar como ninguém

do que mais vale ao que nem a um vintém
aprecia cada parte
como se fosse um bibelô
outrora talvez uma arte

e que assim traga sorte
e do sono o melhor momento
finda mais um sonho perfeito
que se mostrará com o tempo



Aquino

quinta-feira, 24 de setembro de 2015

Eu sou de onde o sol brilha

eu sou de onde o sol brilha
de onde a garoa passeia
de onde a formiga trabalha
feito uma aranha na teia

de onde as rimas viajam
onde o verso ecoa
na terra que se veste de pedra
e que afina com a garoa

sou de Sampa
e profiro palavras feito o profeta
meio a pensamentos malucos
se faz presente o poeta.


Aquino

sexta-feira, 18 de setembro de 2015

Feito sombra


feito sombra
letra perdida
que quando se mostra
revela um sentimento escondido

dos males o menor perigo
um desconhecido bom
feito música que se revela
em alto em bom som

um corpo despido
um medo perdido
um caminho enfeitado

um copo ao meio
e uma rosa ao lado
dá destino na noite

se isso for castigo
quero cada açoite
me acabando sem lembrar de um nome

frio, sede e fome
finda mais uma noite fria que ferve
dentre as maravilhas, é o que tem pra hoje
e que bem serve





Aquino

terça-feira, 15 de setembro de 2015

De curvas acentuadas

de curvas acentuadas
se faz uma estrada perigosa
feito uma linda morena
tão meiga e tão vaidosa

trás em seus lábios desejos,
ensejos e intermináveis vontades
do corpo, a cara metade
e um semblante de menina

feito uma fera felina
tão bela e tão perigosa
brava, tão linda e manhosa
consegue espaço onde passa

se move com toda a graça
e faz brilhar o olho de quem atiça
morre de fome, frio e de preguiça
mas a beleza não se acaba





Aquino