Te vi me olhando

te vi me olhando
me recebendo
em passos curtos
coração batendo
e um medo gostoso que não sai de mim

um caminhar que parecia não ter fim
e o resultado melhor que a encomenda
feito menino arteiro que não se emenda
te olhei dos pés à cabeça

e mesmo antes que eu me esqueça
te desejei despida por sobre meu corpo
quem dera assim morrer louco
e ter em mente o sorriso que sempre quis




Aquino

Dei bom dia ás árvores

dei bom dia ás árvores
brinquei com os animais
trabalhei, corri
chorei, senti
fiz o dia valer a pena

e antes de findar com a última cena
dediquei meus olhares ao mais singelo e pequeno ser
e não importa quão ocupado eu esteja
o sorriso sempre vem acompanhado de um pensamento em você

pensamento que o vento não leva
tão pouco passarinho carrega
mas que outrora tivera em seus braços
faz de meu peito um laço
e me amarra em teus caminhos

valente, menino e sozinho
vagando em tuas veredas
seguindo teu rastro esteja
buscando teu colo e carinho




Aquino

As marcas nas costas demonstram o desejo

as marcas nas costas demonstram o desejo
o suor entrega as vontades
as unhas que rasgam a carne
deixam o libido ao extremo das intensidades
e o corpo começa a pulsar sem controle

o domínio é incerto
mas o instinto salva
o corpo e a mente
e lava a alma

a essa altura o tremor não mais importa
os sangue corre nas veias
quando as bocas se tocam
e denunciam o aperto que no coração exerce

onde somente o corpo enfraquece
quando se finda o desejo faminto
de um sedento amor e extinto
que no meu peito padece



Aquino

O corpo se mexe

o corpo se mexe
o olho acompanha
um jeito melindroso
uma cara de manha
e o poder que derruba o mais forte

que sem ao menos saber do norte
se entrega aos mais belos delírios
em meio a afagos desconcertantes
vibração, loucura, calafrios
dois corpos exalam o mais puro desejo

um toque, um abraço, um beijo
uma faísca para o pecado
entregue, ofegante e calado
olhar fixo de quem não se domina

envolvido por uma voz fina
e um corpo que controla o marmanjo
queria eu chamar de anjo
e tê-la como minha sina





Aquino

E se tamanho tivesse

e se tamanho tivesse
quanto daria de trabalho
quanto maluco ficaria
em busca de veredas, atalhos
quanto sono perderia

olhando do por do sol, ao raiar do dia
a paisagem é o que me segura
de corpo estirado, nua
entregue a sorte que lhe rodeia

e eu feito aranha na teia
de prontidão em tua guarda
dando suor, sangue e alma
só pra te ter por perto

e feito menino esperto
aprecio cada parte
como se fora uma arte
um pingo d´agua no deserto




Aquino

É pra você rir

e pra você rir
quem sabe com um beijo
um desejo
um abraço de tirar o chão

feito menino buliçoso
que não sossega o pé nem a mão
e brinca de ser feliz

quem tem vontade, sempre quis
faz a diferença quem pode
pula, vira, balança, sacode
e faz o sorriso aparecer

e se por ventura padecer
me entrego sem medo de qualquer derrota
feliz daquele que tem o dom de viver
que dá um sorriso quando acorda




Aquino

Um abraço apertado

um abraço apertado
um horário atrasado
uma ansiedade que toma conta

uma cara de criança que apronta
e não vê a hora de acontecer de novo
e feito menino novo
sorri sem temer a aurora

versos, proza, e conversa fora
o tempo voa feito mágica
e eu feito guerreiro cheio de táticas
driblo o relógio para poder desfrutar

desse pedaço de gente que me faz vibrar
que me faz realizar o mesmo questionamento
querendo falar de tudo um pouco
nada me vem em momento

finda o primeiro ato
lá se vai meu desejo
fico eu em ensejo
a espera de um novo dia

volta logo pedaço de gente
de gente que eu tanto queria




Aquino 

Tenho saudades

tenho saudades

do seu beijo
do desejo
e da vontade e arrancar sua roupa

te deixar totalmente louca
como ao sair de um labirinto
e eu feito um felino faminto
em meio a porta a te esperar

louco pra te devorar
e tirar de ti o mais intenso suspiro
onde a mente faz um giro
e o coração acelera

fico na espreita a espera
de teu caminho cruzar
perder a noção dos sentidos
e me perder em teu caminhar




Aquino

Do seu beijo

do seu beijo
do desejo
e da vontade de arrancar sua roupa

te deixar totalmente louca
como ao sair de um labirinto
e eu feito um felino faminto
em meio a porta a te esperar

louco pra te devorar
e tirar de ti o mais intenso suspiro
onde a mente faz um giro
e o coração acelera

fico na espreita a espera
de teu caminho cruzar
perder a noção dos sentidos
e me perder em teu caminhar






Aquino

Não sai da mente

não sai da mente
não sai do corpo
não dá para esquecer
mesmo que perdesse a memória teria o coração

tão pouco some a sensação
de dois corpos sem destino
sem fome, sem sede, sem caminho
somente um sentido em comum

sem motivo, sem palavras, sem desvio algum
um mundo em paralelo
sem dependência, impenetrável
um castelo

do mais alto e mais belo
com tudo que se pensa de direito
do mais justo ao momento mais perfeito
de onde foge toda a pressão

onde mora o mais são
e carrega consigo tudo que sempre quis
um sorriso tímido
e um eterno desejo de ser feliz





Aquino

Do sorriso mais bobo

do sorriso mais bobo
até o rizo sarcástico
um cabelo jogado
um corpo fantástico
um jeito diferente de mulher

faz o que bem entende, o que quer
somente por esse sorriso
por ele enfrento, me arrisco
e faço que pedaço valer a pena

triste daquele que se condena
e se esconde de infinitos desejos
daqueles que colocam na barriga, frio e medo
e findam com uma alegria intensa

do início ao fim, uma estrada imensa
e a construção de um linda morada
Ha, ha, ha
desfrute de uma eterna rizada






Aquino

Se sorriso fosse doce

se sorriso fosse doce
o seu seria o mais caro
o mais belo, suave, o mais raro
que deixa o marmanjo contente

feliz e sorridente
perde o destino tranquilo
se endireita com o vento
pra que melhor caminho

passos lentos
pegada bem firme
que gruda e não larga
não há quem tire

respire, sinta, aprecie
cada segundo, uma nova alegria
sou feliz e que assim seja
pois te ver sorrir traz luz ao meu dia

Aquino

Como quem não quer

como quem não quer
me persegue me negando
eu em pé sonhando
sem medo do que tenho a frente

um olhar que flagra e salva em mente
cada detalhe é um caminho
feito andarilho sozinho
me acabo em tuas veredas

hora de dia, vez luzes acesas
registro cada passagem
fazendo dessa viagem
um pequenino alicerce

quem chega cedo merece
e dessa vez fui primeiro
depois de você, os outros são os outros
vou me entregar por inteiro






 Aquino

Com o cabelo distraio

com o cabelo distraio
exibindo um leve e suave corte
meus olhos são fortes
fixos e intensos

leves feito lenços
e bem direcionados
em meio a meus sons exagerados
se entregam trêmulos

fazendo os mais incrédulos
se perguntarem no que creem
já que só existe o que veem
o momento é esse, desfrute

caia o queixo, olhar não desgrude
faça cada segundo eternizar
um suspiro atrás do outro sem cessar
e um belo aroma de felicidade

um sorriso tímido de canto
já sinto o cheiro de saudade

Aquino