Onde está você

onde está você
apareça pra me ver
eu sempre vou esperar

em um dia frio
um coração vazioonde está você

apareça pra me ver
eu sempre vou esperar

em um dia frio
um coração vazio
a espera de quem possa amar

cheio de manias
bate feito zabumba
igual barco que não afunda
insistente nos caminhos que segue

ame sem medo, se entregue
dando um sorriso por dia
quem sabe assim, quem diria
eis um novo amor que se apegue



Aquino

 

Em meio a uma sanfona sentida

em meio a uma sanfona sentida
uma triste dor de partida
um sentimento profundo

que chora e adentra ao mundo
fazendo floreios sem fim
leva o que quiser de mim
mas deixa meu peito vazio

a espera de um novo calafrio
e fazer meu dia valer a pena
coitado daquele que se condena
expulsando o amor que em teu peito guarda

achando assim a melhor arma
levando um dia ao seguinte
viverá tão qual um pedinte
mendigando o suspiro da alma




Aquino

Me peguei viajando

me peguei viajando
despiu-se de corpo, alma e mente
e em meio aquele calor ardente
meu pensamento entregava

a cada segundo que passava
um novo sorriso se abria
e a cada passo que ria
um desejo se concretizava

a vontade que propagava
trazia seu corpo em minha direção
sem pudor, sem maldade e dono da razão
fazia o pensamento aflorar

o beijo, o toque, o entregar
deixava a vontade contagiar o mais descrente
quem quiser tentar, que tente
mas não saberá como te amar





Aquino

Me perdi completo e não nego

me perdi completo e não nego
tudo que tenho e carrego
esqueci até meu caminho

não ando e não andarei sozinho
aprecio o que me faz bem
faço de um carrinho, um trem
pra ter um amor querido

seja ele bem vivido
cheio de amor e ternura
ao lado de uma formosura
me perco no tempo e a hora

sem preocupar a demora
findo noites ao relento
que assim conduzam os ventos
trazendo teu corpo em meus braços

findando em um eterno laço
fazemos amor na aurora
a quem devo a honra de agora
pelos carinhos que aqui te faço






Aquino

Tenho saudades de você

tenho saudades de você
do seu cabelo molhado
do seu corpo despido e suado
e da voz suave e doce

quem dera se assim fosse
seria um desejo entregue
triste aquele que se negue
que nunca sentiu uma vontade

do homem a maior bondade
um amor que sentiu em outrora
daqueles que até revigora
só de pensar dá saudade

sem pleitear meia verdade
se entregar e sem rumo
feito um eterno e profundo
andarilho dessa cidade




Aquino

Um bikini estreito

um bikini estreito
um menino sem jeito
um sorriso maroto

um homem feito garoto
se entrega ao demonstrar segredo
cheio de coragem, ignora o medo
e faz da vida um conto

e sem aumentar nenhum ponto
descreve seus pensamentos em rimas
quem dera a mais bela obra prima
ilustrasse a beleza que te enxergo

sem me preocupar com o ego
faço valer cada letra
me prenda em seu caminho
e se for a vida uma espreita

Aquino

Coloque um ponto

coloque um ponto
aumente um conto
faça um sorriso aflorar

um abraço dado
um beijo roubado
um caminho novo a trilhar

um sim que se pede
um esforço que não se mede
uma recompensa sem tamanho

a reciprocidade
uma eterna amizade
é dos maiores e o melhor ganho

que assim seja
e empolgue toda vida
multipliquem-se os sonhos
e desperte toda vontade adormecida



Aquino

A voz branda entrega

a voz branda entrega
a meiguice que logo se apega
uma menina mulher de sorriso doce

e sim assim pudesse e fosse
seria o mundo dessa maneira
quem dera se for como eu queira
e assim endireite cada caminho

quem quiser que ande sozinho
mas o bom mesmo é acompanhado
contente e realizado
sem medo de por em prática o que diz

sonhei e assim sempre quis
um amor pra toda a vida
já que tem que ser sofrida
que seja ao menos uma vez feliz





Aquino

O homem que pense ser esperto

o homem que pense ser esperto
que acha que uma mulher é pouco
provável em um futuro, esteja louco
de amor, de angustia e de pecado

nasceu triste, pequeno e calado
quando o mundo descobriu virou valente
enfrentou desafios e feras ao dente
sem temer o que viria

até que em um belo dia
um coração lhe tocou
nem ao menos reação ele esboçou
e caiu de quatro sem demora

sabendo que na mesma hora
uma alma pura e branda lhe tocava
nem mesmo quem ali estava
acreditara no que via

o feitiço derrubou o valente
que nem cara e nem coragem lhe sobrara
diante a uma joia rara
gaguejava feito um pobre e pequeno menino

nessa noite não tocava o sino
nem tão pouco havia festa
a esse homem somente lhe resta
enfrentar os castigos do destino





Aquino

Quem dera pudesse em meu repente

quem dera pudesse em meu repente
trazer novamente a vida, tanta gente
lutar feito onça bravamente
e um pedaço do futuro mudar

quem dera meu verso ecoar
e levar aos quatro cantos alegria
quem dera se assim for um dia
um sorriso se abrir sem um motivo

largar tudo e perder o juízo
e acordar livre, leve e solto
correr pela rua feito louco
cheio de saudade de menino

dar rizada ao ouvir o sino
sem preocupação do dia acabar
e assim novamente retornar
quando o dia mais uma vez amanhecer

benditas sejam as horas
que nos fazem querer prever o desconhecido
e rezar para que não passem logo
findando as minhas preces eu rogo
e agradeço por mais um dia amanhecido





Aquino

Se tudo acontecesse novamente

se tudo acontecesse novamente
nasceria na pele de um vaqueiro
feliz, valente e guerreiro
que leva os espinhos que aparece, no peito

faz de um campo irregular e estreito
uma pista pra seu cavalo fazer o serviço
entra no mato e dá sumiço
e aparece com o garrote no laço

e sem temer o fracasso
se embrenha mata adentro
feliz daquele que o tempo
é só uma ferramenta para crescer

onde o envelhecer fortalece
se quebram os espinhos
e da dor se esquece
passeia feito um menino

que o sorriso acalma
limpa o corpo e livra a alma
e jamais deixa o caboclo sozinho






Aquino

E quando eu crescer?

e quando eu crescer?
quero ser como meu pai
quem nunca pensou nisso,
e não viu um herói dentro de casa

e a cada dia que passava
meu herói se engrandecia
cada conselho que me dava
a cada história que ouvia
meu peito se enchia de orgulho

mundo adentro e em meio ao barulho
sigo meus caminhos em seu exemplo
faço meu mundo sagrado
e do meu lar, o meu templo
trago em mente tudo que me dizia

em cada erro que cometia
via sua incansável insistência
um abraço, uma conversa
do seu jeito, mas sempre com presença
e o resultado me animou

quero ser uma fagulha
ser lembrado e lembrar de onde tudo começou
agradecer eternamente
quem me trouxe ao mundo e me criou




Aquino

Não gosto quando vai embora

não gosto quando vai embora
não gosto quando não consigo te ver
não gosto quando não consigo te sentir
e o que somente me resta é escrever

um drama aqui, um teatro ali
um pouco de manha pra pedir carinho
um olho baixo, a voz branda
um pensamento vago, um andar sozinho

e dentre os mais longos caminhos
paciência como virtude
se tiver que mudar que mude
se não mudar eu me entrego

fui cego, fraco e não nego
faltaram forças quando precisei
senti o mundo virar ao contrário
um dia quando por ti chorei




Aquino

Os ventos sempre trarão um som

os ventos sempre trarão um som
seja ele em alto ou bom tom
trará sempre uma mensagem
seja de alegria, tristeza
ou mesmo de coragem

que venha e se espalhe
preencha o espaço que lhe cabe
força, foco e fé
um motivo a mais quem sabe

mas que venha e faça barulho
acorde os pensamentos mais puros
faça valer essa passagem





Aquino